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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Contrariando o ditado

Agarrado às claves, já em meio ao paredão, um homem em fuga olhava pra baixo e via uma enorme boca faminta, aberta, desejando ardentemente lhe abocanhar.  Apressou a escalada rumo ao topo sem saber o que lhe esperava lá em cima. Na cabeça apenas a convicção de que, às vezes, contrariando o ditado, é melhor optar pelo duvidoso.(JMAN)

sábado, 25 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dor de ausência

Coisa mais aguda
Essa dor de ausência
Deve ser das dores;
a essência
pura,
genuína
a mais fina.
Tudo vai se esvaindo
em gotas
lentamente
amiudando a gente
impiedosa
intermitente.
Pior ainda se essa dor
é dor de amor, ausente.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Há bem pouco tempo, atropelando algumas resistências próprias, eu recorria aos poucos amigos e abusava deles nos momentos de angústia, incerteza, e melancolia. Agora não mais, decidi poupá-los do dissabor de minhas mazelas emocionais.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Conclusões

Mas afinal
O que diabos é o bom senso?
Bom senso é uma luz amarela que sempre se acende
Exigindo o uso de freios
e o retorno dos sentidos às suas bases consideradas normais,
Para acabar com a festa usa, geralmente, um balde de água gelada.

Armação
(José Maria Alves Nunes)

Coração e mente
nunca se entendem.
Parece conluio
pra confundir a gente

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bucólico

A brisa mansa, o vento sul
e algumas nuvens cinza
anunciam mudança do tempo.
Um canário solitário canta lá fora.
E agora, as primeiras gotas de chuva caem no telhado.

Uma rede branca se oferece na varanda
e o meu corpo cansado, quase morto
rende-se ao conforto.
Refestelado, observo a gota cintilante, oscilar na cumeeira
até despencar incontinenti de encontro a terra
que ao sorvê-la, feliz, exala seu melhor perfume.

Um bem-te-vi pousa na mangueira
E o seu pio estridente desvia meu pensar.
Neste momento, vindo lá de dentro,
um aroma de café mistura-se ao da terra
e assim, calmamente o dia se encerra
entregando-me sonolento aos braços da noite.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A dureza da vida me ensinou a aprofundar as raízes, e agarrar-me bem às claves. Além disso, tenho ótima vergadura. Não é qualquer ventania que me desapruma. (José Maria Alves Nunes)