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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Notívago
(José Maria Alves Nunes)

 
Anuncia-se o dia
O clarão da aurora irrompe no horizonte
Recolho-me com a lua, companheira,
que, serena, sai de cena,
e dá lugar ao sol
que vai dourar toda paisagem
até que o arrebol desperte novamente
preguiçosamente, a lua, e eu.

Relatividade
            (José Maria Alves Nunes)

 Eu sou o que de pior pode haver
Sob a ótica dos maledicentes
E a fina flor aos olhos de outra gente

Cena de cinema
                (José Maria Alves Nunes)

 
Causou grande alvoroço
aquelas duas mãos
enlaçadas ao pescoço
descendo aos quadris
em plena luz do dia
As bocas, loucas, coladas
pernas meio entrelaçadas

Cruz credo!
Ave Maria!

Nunca se vive o hoje como o ontem
exclamaram os transeuntes
estupefatos - principalmente estupefatas-
Quem diria fosse um dia
a pacata Santa Rita de Cássia,
presenciar - repito: em plena luz do dia-
essa cena de orgia!?

Cruz credo!
Ave Maria!