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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Venda de livro

O livro "Raízes e Colheitas - Os passos dos Guimarães Braga", de José Maria Alves Nunes, encontra-se à venda na Livraria Vozes, na Rua do Imperador, nº 834, Petrópolis - RJ.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Constatações

Amigos; não tenho muitos
Isso é artigo de luxo, como finos vasos
Mas, os que tenho me valem.
Vez por outra
alguns sofrem rachaduras
irreversíveis, irrecuperáveis
E não têm garantia
então me desfaço deles
Mas esses são apenas supostos
Posto que amigos
não têm prazo de validade
e são inquebráveis.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Alforria

Por mais que me sangre
Por mais que me doa
Por mais que me custe
Por mais que me assuste
Ficar sem você
Vou emendar tuas asas
abrir as portas de casa
chamar o vento suave
Para que possas partir

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desguarnecido

Às vezes me assusta
pensar na queda do muro
sem saber o que ele guarda.
É como uma paixão que te desnuda
desarma, e te deixa vulnerável, perdido
a guiar-se por mãos desconhecidas

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Depois

Serei como o vento que passa
Fustigando teus cabelos
Levando teu cheiro
Aos lugares mais recônditos
Serei teu súdito, escravo
Teu único bem
Serei o barco que te levará além
à deriva em alto mar
Seu porto seguro, seu tudo,
O que te restará

domingo, 17 de outubro de 2010

Raízes e colheitas

Lançamento do Livro Raízes e Colheitas: Os Passos dos Guimarães Braga, de José Maria Alves Nunes


O livro que marca a estreia do jornalista José Maria Alves Nunes no cenário da literatura brasileira, Raízes e Colheitas – Os passos dos Guimarães Braga será lançado no dia 11 de novembro de 2010, a partir das 19h, no Bar e Restaurante Feitiço Mineiro.

“Raízes e Colheitas” relata a trajetória de agruras e glórias de um casal de imigrantes portugueses, e seus descendentes, que veio para o Brasil em meados do século XIX e se radicou em terras do interior do estado de Minas Gerais.

Embora seja uma história de ficção, o romance exigiu do autor um sério trabalho de pesquisa em razão do cenário - o belo interior do Estado de Minas Gerais-, e da época em que a trama acontece - de meados do século XIX até o início do século XX.

O foco principal do livro são as relações humanas. Os personagens do romance trazem arraigados em si as fraquezas, bravuras, covardias e heroísmos – os sentimentos mais feios, e os mais belos -, que são característicos dos seres humanos. Até onde uma pessoa pode ir para atingir um objetivo? Que meios e artifícios ela é capaz de usar? Quais são seus limites? Isso depende de seus escrúpulos, de sua cultura e até mesmo do seu estado de saúde.


SOBRE O AUTOR

José Maria Alves Nunes nasceu em Santa Rita de Cássia – Bahia e reside em Brasília desde 1978. Nos anos 80 estudou administração na UDF e, posteriormente, formou-se em jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília – IESB. Tem a literatura como uma de suas paixões e escreve desde a adolescência. Parte do que escreveu encontra-se publicado nos blogs que mantém: http://www.jmpoesias.zip.net/   e   http://www.jmpoesias.blogspot.com/
 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Etéreo

Não me fale de distância
o amor não a mede
tampouco ela o impede de nascer.
O amor não pede licença
não pensa, nem pondera,
acontece.
E se a impossibilidade do toque
o entristece,
há que se verificar se é amor.

E se acaso, de fato,
o condicionares à consumação do ato,
ele carece do primordial sentido.
E, ato contínuo, padece
definha,
depois fenece.
E não se deve ousar dizer que era amor

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Amor de passarinho

Tolo, meu coração se descompassa
quando você passa, passarinho
e pousa saltitante em outro ninho.
Espio com olhos espichados
o galho de árvore espinhenta onde pousa
e lastimo os espinhos
não espinhar seus pés de passarinho

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A espera

E de você que direi?
Direi do mar verde azulado que teus olhos represam
e dos barcos a vela que neles flutuam,
do frescor de teu hálito, do calor de teus braços,
e da luz que irradias.
Direi de tua nobreza,
da intrínseca beleza que guarda além desse semblante sisudo
e direi de teus atos que me deixavam mudo.
Ah... direi tantas coisas
Mas guardarei comigo teus segredos
teus grilos, teus medos
para devolvê-los quando você voltar

Universo escuro

Qualquer verso
qualquer poesia que eu escreva neste instante
terá gosto amargo e odor fétido
refletirá minh’alma em decomposição
Recolho-me, então
para preservar a literatura
dessa avassaladora amargura
que me inunda as veias de agonia e pranto.
Despeço-me das letras com um triste canto
e integralmente mergulho na escuridão
do universo de minha loucura.

A cada um cabe o metiê que merece

Eu queria mesmo era viver uma vida de artista
Ser Sá, ser Guarabyra
Cantar lindamente a beleza da flor de macambira
Em ritmo de rock, folk, soul, ou caipira.
Ser levado pelo vento
Como asa de pensamento
Ir parar em Correntina, e lá
compor na beira rio, lindos versos
Inspirados na beleza das meninas.
Depois rumar sem pressa para Bom Jesus
Entrar no vapor, e para o norte de minas ir embora
Viola embaixo do braço
Ser caipira em Pirapora.
Mas Deus quis me ver funcionário público
Nada mais lúdico
Todo dia, às oito, na repartição
Relógio de ponto, chefe, condução
Ah!
Quem me dera um balanço de vapor
Uma carta de fã, ser Milton ser Djavan
E ter uma nova canção para compor
Ser pop, ser Alvin L. e ter pra te dar
Apenas solidão com vista pro mar.
Oxalá uma happy hour ao som de Baden Power
Com meia dúzia de amigos em volta da mesa
Bebendo cerveja e falando de acordes, instrumentos, som
num bar do baixo Leblon.
Mas a mim foi destinado ser funcionário público
Afinal, alguém tem que realizar a função
Todo dia; ofícios, memorandos, reuniões
Protocolos, processos, decisões.
No ápice do querer, eu queria
ser Caetano Veloso e sair por aí
caminhando contra o vento,
sem lenço sem documento
Cair na boca do povo, e depois
Ir me livrar dos Grilos em Trancoso.
Imagina você se eu fosse Chico Buarque
Toquinho, Gil, cantar domingo no parque!?
Mas Deus quis me ver funcionário público
Ora! Nada mais lúdico
Todo dia, às oito, na repartição
Relógio de ponto, chefe, condução