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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Meu silêncio (José Maria Alves Nunes)

O silencio que faço
é de puro espanto,
de desencanto,
e enorme desapontamento.
Sabe esse descompasso,
hora a pressa,
hora essa angustiante lentidão?
é de tristeza, incredulidade,
e decepção.
Desprezo
Que um dia,
meu corpo inerte, sob a lápide fria,
seja banquete de vermes,
os legítimos.
Enquanto vivo,
dispenso aos pretensos,
meu desprezo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mosaicos

(José Maria Alves Nunes)

E de repente, mais uma vez,

o coração perde o prumo

o rumo

e deixa-se levar

É o amor que, de um salto,

toma-o de assalto

o faz de gato e sapato

e depois me devolve só os pedaços

eu que me vire pra juntar os cacos.