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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mutações
    (Para Maguinólia Galvão)

Ao longo da estrada
Entre um e outro aperreio
Fui acrescentando bugigangas ao meu fardo
Até não mais suportá-lo.
Era um rol sem fim
Coisas abstratas, e concretas
Que iam da insegurança em relação ao futuro
a uma medalhinha de metal barato
Presente de meu primeiro amor
Depois, a duras penas, percebi o quão inútil era
A maioria delas
E fui deixando-as pelo caminho.
No princípio, sofri um pouco
Diante da drástica medida
Algumas lágrimas foram inevitáveis
Mas com o tempo acostumei-me com a leveza
Hoje, além do extremamente necessário, só carrego no fardo
Aquilo que a mim se incorpora
Sem me exigir maiores esforços

3 comentários:

  1. Amigo...e grande poeta...
    Obrigada pela indelével delicadeza.
    Conhece como poucos os caminhos íngremes da alma.
    Amei a belíssima analogia poética...rsrs...
    Anjos iluminem sua vida.
    Beijo com carinho

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  2. Favoritos....

    adorei!

    Tão perfeito que dá pra ler de tras pra frente..

    abrç

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  3. A gente sempre entende o poema dos outros de uma forma mais pessoal. Foi assim que entendi este e o anterior. Identificação. Gosto muito do seu jeito de escrever. Passe lá no meu cantinho. Um abraço e bom final de semana!

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